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Mineração de terras raras: Brasil corre risco de vender o futuro antes da hora

Negociações com os EUA sobre minerais críticos demandam cautela para não comprometer a soberania nacional. Brasil precisa desenvolver um plano estratégico sólido e evitar trocas desfavoráveis em meio às crescentes demandas globais.

Disputa Brasil-EUA sobre Tarifaço: O Brasil enfrenta um desafio nas negociações com os EUA relacionadas ao tarifaço, com foco na soberania nacional.

Negociações devem considerar aspectos:

  • Soberania: Respeito à Constituição e controle de recursos.
  • Autonomia: Evitar dependência excessiva de parceiros comerciais.
  • Equilíbrio econômico e alinhamento geopolítico.
  • Padrões ambientais, sociais e de governança.

No entanto, o governo brasileiro parece descartar esses fatores. O ministro da Fazenda menciona a inclusão de mineral críticos nas negociações, colocando em risco um trunfo estratégico.

Atualmente, os EUA, UE e Japão têm planos consolidado para minerais críticos, enquanto o Brasil carece de um plano nacional claro. Nossa produção é limitada a apenas uma mina relevante (Serra Verde), sem capacidade de refino.

Dados do Serviço Geológico dos EUA indicam:

  • China: 44 milhões de toneladas de terras raras.
  • Vietnã: 22 milhões de toneladas.
  • Brasil: 21 milhões de toneladas.
  • EUA: 1,9 milhão de toneladas.

A China domina a mineração e refino, utilizando isso como ferramenta de coerção econômica.

Segundo a The Economist, essa estratégia pode resultar em uma diversificação da mineração ocidental, o que cria uma oportunidade estratégica para o Brasil, desde que se amplie o valor agregado além do minério bruto.

Risco de repetir erros do passado: exportar riqueza e importar dependência.

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