Mineração encarece custo de vida em cidades em que atua, aponta estudo da UFMG
Estudo revela que cidades mineradas enfrentam aumento significativo no custo de vida, impactando principalmente os moradores de baixa renda. A pesquisa destaca variações de até 36% nos preços de despesas pessoais e vestuário em comparação com municípios não minerados.
Estudo do Ipead revela que a mineração aumenta o custo de vida em cidades mineradas em até 10%.
A pesquisa, encomendado pela Amig, compara cidades mineradas a não mineradas, destacando o impacto nos preços.
Principais achados:
- Custo de vida pode aumentar até 30% em setores específicos, como habitação e despesas pessoais.
- Foram analisados 873 estabelecimentos e 2.352 cotações de preços.
- Os principais municípios analisados foram:
Parauapebas (PA), Mariana (MG) e Conceição do Mato Dentro (MG).
Principais diferenças de preços:
- Em Parauapebas, alimentação é 8% mais cara que em Belém e vestuário 30%.
- Mariana apresenta variações de 27% em habitação e 24% em despesas pessoais em relação a João Monlevade.
- Conceição do Mato Dentro tem 25% a mais em despesas pessoais comparado a Extrema.
Motivos para o aumento de preços:
- Aumento da população e concentração de trabalhadores com altos salários.
- Explosão da demanda por serviços de saúde, educação e assistência social.
Marco Antônio Lage, presidente da Amig, destaca que a mineração gera riqueza concentrada, o que resulta em desigualdade social e pressão aos serviços públicos.
Conclusão: O alto custo de vida e a concentração de renda impostas pela mineração aprofundam as desigualdades sociais.
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