Mineração vê COP30 como ‘oportunidade’
COP30 destaca redução do garimpo ilegal na Amazônia, mas a mineração legal ainda enfrenta desafios sociais. A Vale busca mostrar na conferência seu compromisso com práticas sustentáveis e a preservação ambiental na região.
Amazôniagarimpo ilegal, impulsionado por reservas minerais ricas, principalmente ouro.
O Instituto Escolhas aponta uma queda no garimpo ilegal na região, mas os efeitos sociais e ambientais ainda são preocupantes.
A Vale, uma das principais mineradoras, busca durante a COP30 mostrar o papel da mineração legal como sustentável. Patricia Daros, diretora da Vale, destaca a confusão existente entre mineração legal e garimpo ilegal.
A Vale opera no Mosaico de Carajás, com 800 mil hectares de área de conservação, ocupando apenas 3% para mineração. Recentemente, a mineradora reportou uma queda de 84% no garimpo ilegal de janeiro a julho de 2024, comparado a 2022.
Em 2023, o garimpo no Pará reduziu 10 toneladas na produção de ouro, uma queda de 57%. O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) elogia as novas regras que melhoraram a fiscalização e a rastreabilidade.
A Vale garante presença na COP30 com a construção do Parque da Cidade em parceria com o governo do Pará e o lançamento do álbum “Árvores do Mundo” para crianças.
Embora tenha contribuições para a preservação, a Vale enfrenta críticas quanto à desigualdade social nas áreas onde opera. Professor João Marcio Palheta observa que os benefícios da mineradora não se refletem em melhorias sociais significativas.
A Vale se defende, dizendo que realiza investimentos sociais e colabora com a comunidade local para promover iniciativas de educação, saúde e geração de renda.