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Minerais críticos estão concentrados em poucos países, aponta relatório

Concentração de minerais críticos em poucos países, especialmente na China, levanta preocupações sobre a vulnerabilidade das cadeias de suprimento globais. O relatório da AIE destaca que a ampliação da dependência pode elevar custos e afetar a transição energética.

Relatório alerta sobre a concentração de minerais críticos

As reservas de minerais críticos estão mais concentradas em poucos países, principalmente na China, o que gera riscos para a economia global. Essa informação é do relatório anual Global Critical Minerals Outlook, da Agência Internacional de Energia (AIE).

A proliferação de restrições à exportação, resultantes de conflitos globais e da política tarifária dos EUA, contribuiu para essa concentração. A participação média dos três maiores produtores de minerais como cobre, lítio e níquel aumentou de 82% em 2020 para 86% em 2022.

Uma parte significativa da oferta vem de um único fornecedor: níquel da Indonésia e para outros minerais, da China. A China refina cerca de 75% dos 20 minerais estratégicos analisados.

No setor de mineração, embora um pouco menos concentrado, a produção aumentou devido a países como República Democrática do Congo e Indonésia. A participação média desses três mercados subiu de 73% para 77% até 2024.

AIE expressa preocupação com esta concentração e as disrupções comerciais, que podem prejudicar a economia mundial e a transição energética. Segundo Fatih Birol, diretor-executivo da AIE, as cadeias de suprimento são vulneráveis a choques de oferta.

O relatório também menciona o pacote de sanções da União Europeia sobre alumínio russo e tarifas dos EUA como fatores geopolíticos que podem causar choques de oferta. O potencial para retomar a capacidade doméstica de fundição depende dos preços de mercado e custos de insumos.

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