'Minerais críticos estão no topo da agenda', diz especialista
Brasil se posiciona como potencial fornecedor e processador de minerais críticos em meio a um cenário de crescente demanda global. A escalada tarifária entre EUA e China impacta a economia e a oferta de petróleo, segundo Carlos Pascual.
A eletrificação da economia e o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) estão elevando a importância das reservas e do processamento de minerais críticos como cobre, níquel, lítio e terras raras.
Esses minerais são fundamentais para a construção de baterias e outros equipamentos, e se tornaram um tema de segurança nacional para Estados Unidos e China, afetando discussões sobre tarifas.
No Brasil, os EUA impuseram tarifas de 50% sobre as exportações de minerais estratégicos.
Em entrevista ao Valor, Carlos Pascual, vice-presidente sênior de geopolítica da S&P Global Commodites Insights, afirma que o Brasil pode ser um fornecedor relevante e desempenhar um papel no processamento desses insumos, o que ajudaria a reduzir o controle da China sobre o mercado.
Pascual também comenta que a escalada tarifária terá reflexos na economia global e na demanda por petróleo, prevendo preços entre US$ 55 e US$ 60 por barril até o fim do ano.
Como ex-embaixador dos EUA na Ucrânia, Pascual ressalta que a solução para o conflito com a Rússia requer um cessar-fogo realista.
Além disso, ele menciona os desafios que o Brasil enfrentará ao organizar a COP 30 em novembro, em Belém, em um contexto repleto de questões geopolíticas e econômicas.
Leia a entrevista completa no Valor Econômico.