Minério cai para mínima em quase 5 meses com peso de tensões tarifárias China-EUA
As tensões comerciais entre EUA e China pressionam os preços do minério de ferro, que já enfrentam a pressão da demanda sazonal durante o pico da construção. Com tarifas elevadas em jogo, o cenário para a indústria do aço pode se complicar ainda mais.
Contratos futuros do minério de ferro caem pela terceira sessão consecutiva em Cingapura, devido a tensões comerciais entre EUA e China.
Na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), o contrato de maio caiu 3,15%, encerrando a 73,5 iuanes (US$ 100,73) a tonelada.
Os preços tocaram 735,5 iuanes, o menor nível desde 19 de novembro de 2024. Em Cingapura, o minério de referência também recuou 3,14%, para US$ 94,55 a tonelada.
Segundo Atilla Widnell, da Navigate Commodities, “os futuros reagiram às medidas comerciais ‘olho por olho’ entre os EUA e a China”.
Pequim prometeu “lutar até o fim”, mantendo a tarifa de 34% sobre produtos dos EUA, após Trump ameaçar uma tarifa adicional de 50% sobre importações chinesas.
Se imposto, o total das tarifas dos EUA poderia atingir 104%. Isso pode impactar a demanda por aço na indústria.
No entanto, a produção de minério de ferro na China alcançou uma máxima de nove meses, segundo a consultoria Mysteel.
A escalada nas tensões comerciais pode levar a China a liberar mais estímulos, conforme sugere Widnell.