Minério de ferro cai com tarifas dos EUA, mas demanda por aço limita perdas
Impacto das tarifas dos EUA afeta os preços do minério de ferro, mas a demanda sazonal nas siderúrgicas chinesas ajuda a mitigar a queda. A expectativa é de que a produção de aço continue elevada, apesar da instabilidade no mercado.
Contratos futuros do minério de ferro caíram em Cingapura nesta quinta-feira após o anúncio de tarifas recíprocas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O contrato de maio na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China teve uma queda de 0,32%, fechando a 788,5 iuanes (US$108,05) a tonelada.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência de maio recuou 0,84%, a US$101,95 a tonelada.
A corretora Galaxy Futures afirmou que as tarifas impostas pelos EUA foram mais agressivas do que o esperado, impactando os mercados de ferrosos.
Trump anunciou uma tarifa mínima de 10% sobre a maioria das mercadorias importadas e taxas de até 34% sobre importações da China, ampliando a guerra comercial e suas consequências econômicas.
Pequim pediu a suspensão imediata das tarifas e promete contramedidas.
Apesar da queda nos preços, as siderúrgicas aumentaram a produção devido à demanda sazonal em março e abril.
A consultoria Mysteel prevê uma demanda forte por minério de ferro na China em abril, impulsionada pelo consumo de aço.
Do lado da oferta, as exportações de minério de ferro australianas caíram 17% devido à atual temporada de ciclones.
Os mercados financeiros da China estarão fechados na sexta-feira por conta de um feriado, retornando na segunda-feira, 7 de abril.