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Minério sobe com restrições à produção de siderúrgicas antes do evento militar

Medidas de interrupção nas operações das usinas siderúrgicas na China visam melhorar a qualidade do ar antes de um desfile militar, afetando a oferta de minério de ferro. Com a queda nos embarques e a alta nos preços, analistas apontam que a ação pode sustentar a demanda pelo insumo.

Preços futuros de minério de ferro subiram nesta terça-feira devido a ordens de interrupção nas operações das usinas siderúrgicas em Tangshan, China, visando melhorar a qualidade do ar antes de desfile militar.

O contrato de janeiro de minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) subiu 2,36%, alcançando 801 iuanes (US$ 111,42) a tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, a mineração de ferro de referência de setembro avançou 1,06%, para US$ 104,6 a tonelada.

As ordens de operação foram recebidas a partir de 25 de agosto e visam garantir a limpeza do ar no norte da China, em preparação para a manifestação militar de 3 de setembro.

Segundo analistas do ANZ, essa medida pode retirar o excesso de aço do mercado, apoiando as margens das usinas siderúrgicas e a demanda por minérios de ferro.

Embarques de minério dos principais produtores, Austrália e Brasil, caíram 1,5% em relação à semana anterior, conforme dados da consultoria Mysteel.

O índice de preços ao produtor (PPI) da China caiu 3,6% em julho, superando expectativas, devido a clima extremo e incertezas do comércio global.

Apesar das ações da China para conter a concorrência, alguns analistas permanecem cautelosos, considerando que podem ter impacto limitado sem estímulos à demanda ou reformas estruturais.

Essa situação ocorre em meio a uma retração prolongada no setor imobiliário da China, que afeta os gastos dos consumidores e a atividade industrial.

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