Minerva (BEEF3): prejuízo bilionário, mas ações saltam 10% — o que está por trás?

A Minerva (BEEF3) teve suas ações valorizadas em 10,38% após a divulgação de resultados financeiros em 19 de outubro, atingindo R$ 6,17 e chegando a subir mais de 11% nas máximas do dia.

No quarto trimestre de 2024 (4T24), a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 1,57 bilhão, revertendo o lucro de R$ 19,8 milhões no mesmo período do ano anterior.

O Ebitda consolidado foi de R$ 943,7 milhões, com avanço de 55,8% em relação ao ano anterior, embora a margem tenha caído para 8,8%.

A receita bruta alcançou R$ 11,4 bilhões, crescendo 76% ano contra ano e 27% na comparação com o trimestre anterior.

O fluxo de caixa livre foi de R$ 990 milhões no trimestre, totalizando R$ 2,4 bilhões em 2024, com um free cash flow yield de aproximadamente 85%.

O JPMorgan avaliou os resultados como neutros, destacando um Ebitda acima do esperado e um aumento nas exportações para o Nafta. No entanto, alertou sobre a alta alavancagem, com a relação dívida líquida/Ebitda em 5 vezes, e um preço-alvo de R$ 7.

O Itaú BBA também manteve recomendação neutra, ressaltando que o Ebitda veio 6% acima das estimativas, mas a cautela deve persistir devido à alavancagem da empresa. O preço-alvo é de R$ 6,50.

O Goldman Sachs ressaltou que os números operacionais superaram as expectativas, mas a relação valor de mercado/valor da empresa permanece pressionada. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 8.

A Genial Investimentos considerou os resultados positivos, principalmente pela geração de caixa, e manteve recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 6,80.

Os principais riscos citados por analistas incluem:

• Alta alavancagem financeira
• Volatilidade cambial
• Aumento nos preços do gado

A integração bem-sucedida dos novos ativos frigoríficos será essencial para manter o crescimento operacional.