Ministério das Comunicações manda derrubar rádio ligada a adversários de Alcolumbre no Amapá

Ministério das Comunicações cassou a licença da Forte FM, vinculada à Fundação Cultural e Assistencial Água Viva em maio, afetando adversários do presidente do Senado Davi Alcolumbre no Amapá. A rádio é acusada de uso irregular da outorga para “proselitismo político”.

A rádio, controlada pelo ex-deputado Valdenor Guedes, mantém sua programação no ar enquanto a decisão não é efetivada pela Justiça. Guedes, aliado do prefeito Antônio Furlan, critica a sanção, alegando censura e defesa da liberdade de expressão.

O Ministério afirma que a emissora estava executando programação comercial sem permissão. Em resposta, Alcolumbre garantiu que decisões administrativas são técnicas, sem influência política.

No Amapá, a oposição ao grupo de Alcolumbre se fortalece, com o governador Clécio Luís e os Alcolumbre enfrentando dificuldades políticas. A rádio foi punida por transmitir conteúdo não educativo e por destacar o prefeito Furlan em sua programação.

A ordem de cassação se deve a irregularidades substanciais em toda a programação, não apenas pontuais. Guedes nega rivalidade com Alcolumbre, mas acredita ser alvo de perseguição política.

A Advocacia-Geral da União moveu a sanção para ser confirmada judicialmente, mas ainda aguarda avaliação. Frustrações políticas anteriores de Alcolumbre e a relação com a rádio refletem a tensão no estado.

Recentemente, a rádio enfrentou processos legais adicionais pós-manifestações críticas contra entidades ligadas aos Alcolumbre. O governo local interrompeu patrocínios para a rádio, alegando conformidade legal.

No entanto, tanto o governo quanto a rádio permanecem em conflito, destacando a complexidade das relações políticas no Amapá e as preocupações sobre a liberdade de expressão.