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Ministério Público mira advogados do desastre de Mariana

A ação civil pública do MPF busca responsabilizar escritórios de advocacia por abusos contratuais que afetam vítimas do desastre de Mariana. A tutela de urgência pede indenização de R$ 45,5 milhões e anulação de cláusulas consideradas prejudiciais.

MPF ajuiza ação civil contra escritórios de advocacia Pogust Goodhead Ltd. e Felipe Hotta Advocacia, por práticas contratuais abusivas e danos morais às vítimas do rompimento da barragem de Mariana (MG) em 2015.

A ação, protocolada na sexta-feira (16.mai.2025), conta com a participação do MP-ES, MP-MG, DPU e Defensorias Públicas do Espírito Santo e Minas Gerais.

A Pogust Goodhead, baseada em Londres, representa mais de 700 mil brasileiros afetados pelo desastre, alegando responsabilidade da BHP Billiton. Contudo, a ação civil aponta cláusulas abusivas em contratos com as vítimas, causando incerteza sobre seus direitos.

Os danos foram significativos, envolvendo severos impactos em economia, saúde e meio ambiente, afetando especialmente agricultores e pescadores dependentes do rio Doce.

Entre as cláusulas abusivas destacadas na ação estão:

  • Cláusula de foro exclusivo na Inglaterra
  • Previsão de arbitragem em Londres, em inglês e sob lei inglesa

A obrigatoriedade de litigar em jurisdição estrangeira viola o princípio do acesso à justiça e o direito à ampla defesa.

A ação pede indenização coletiva de R$ 45,5 milhões para fundos públicos destinados a direitos coletivos e à reparação de danos sociais, além da nulidade das cláusulas abusivas e proteção dos direitos das vítimas.

Os escritórios não se manifestaram até o momento. espaço permanece aberto para declarações.

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