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Ministro da AGU rebate Trump no NYT: “Processos do 8/1 são de domínio do Judiciário”

Jorge Messias defende a autonomia do Judiciário brasileiro e critica as tarifas impostas por Trump, afirmando que interferências externas são inaceitáveis. O advogado-geral também ressalta o impacto negativo das tarifas sobre o comércio e a segurança jurídica.

Jorge Messias, Advogado-Geral da União, publicou um artigo no New York Times criticando as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Messias destacou que o Brasil não aceita interferências externas em seu Poder Judiciário. Ele afirmou: "rejeitamos categoricamente quaisquer esforços de partes externas para interferir em nossos processos judiciais".

A declaração foi uma resposta à alegação de Trump sobre uma “caça às bruxas” realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Messias enfatizou: "Nenhum governo estrangeiro tem o direito de ditar a administração da justiça em nosso país." Ele defendeu a legalidade e autonomia das instituições brasileiras como pilares da democracia.

No artigo, ele também abordou o papel das big techs na disseminação de fake news e discursos de ódio, mencionando a atuação do STF que tem fechado perfis de radicais de direita.

"Liberdade de expressão é protegida, mas não deve ser confundida com incitação à violência", afirmou Messias.

O advogado-geral argumentou que as tarifas de Trump não têm fundamento, já que os Estados Unidos acumulam superávit comercial com o Brasil há 15 anos. Ele também alertou que tais tarifas violam regras do comércio justo e prejudicam a segurança jurídica.

Messias concluiu que o Brasil responderá aos desafios “com respeito à lei e, se necessário, por meio de medidas recíprocas”.

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