Ministro da Educação diz ser contra cortes e quer Pé-de-Meia universal
Ministro da Educação defende aumento de investimentos em educação e crítica cortes orçamentários. Santana busca universalizar o programa Pé-de-Meia até 2026, destacando a importância de priorizar a juventude.
Ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu a ampliação de investimentos na educação e a universalização do programa Pé-de-Meia em entrevista à Folha de S. Paulo na segunda-feira, 23.jun.2025.
Ele se posicionou “terminantemente contra” a redução orçamentária, apesar das pressões do governo federal por contenção de gastos. Currently, o Pé-de-Meia beneficia 4 milhões de alunos, custando R$ 12 bilhões por ano, enquanto as redes públicas atendem 6,7 milhões de estudantes no ensino médio.
O MEC enfrentou uma redução de quase R$ 3 bilhões em seu orçamento em 2025. Segundo Santana, o crescimento das emendas parlamentares saltou de R$ 8 bilhões para mais de R$ 50 bilhões, enquanto o investimento em educação diminuiu.
Ele comentou sobre o desequilíbrio orçamentário, onde o Pé-de-Meia consome R$ 12 bilhões, enquanto programas de alfabetização e tempo integral recebem menos de R$ 2 bilhões.
As universidades federais também enfrentam dificuldades financeiras, apesar do Fundeb movimentar cerca de R$ 350 bilhões.
Santana quer lutar pela universalização do Pé-de-Meia até 2026, com o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele reafirmou que todas as metas do PNE devem ser cumpridas até o final de 2026.
Sobre a atuação do Congresso, enfatizou que as emendas parlamentares poderiam ser parte da estratégia do governo, lembrando que “quem foi eleito para governar o país foi o presidente”.
Esse posicionamento surge em um contexto de discussões sobre equilíbrio fiscal, com debates recentes sobre a redução da participação da União no Fundeb e a eliminação do piso constitucional de investimentos em educação e saúde.