Ministros avaliam que Secom acertou “na veia” com “pobres x ricos”
Governo Lula aposta em nova narrativa de "pobres contra ricos" para reverter popularidade, utilizando comunicação nas redes sociais. A estratégia busca destacar a necessidade de justiça tributária, reforçando a taxação de grandes fortunas e isenção para a classe média.
Ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliaram que a Secom (Secretaria de Comunicação Social) encontrou “a veia” da narrativa com a campanha de “pobres x ricos” nas redes sociais.
A análise é de que o governo, como uma “pessoa doente”, precisava de um remédio para melhorar sua popularidade. O ministro Sidônio Palmeira teria encontrado a solução.
A ação judicial contra a derrubada do IOF pelo presidente foi vista como positiva, mostrando que o Executivo não cederá ao Legislativo. Essa postura é para garantir espaço de poder, diferente do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apesar das controvérsias, a campanha conseguiu ganhar tração nas redes sociais e se alinha com a ideia de “justiça tributária”. A principal meta atual é aprovar a isenção do IR (Imposto de Renda) para salários de até R$ 5.000.
A campanha foi lançada com imagens geradas por inteligência artificial, mostrando uma balança em que os ricos pagam menos impostos, enquanto os pobres e a classe média pagam mais.
A propaganda do PT reflete o discurso clássico de Lula, onde a “taxação BBB” (bancos, bets e bilionários) é destacada. Os pobres são representados como figuras abatidas, enquanto os ricos são homens de terno.
O ministro da Fazenda Fernando Haddad defende a necessidade de corrigir a desigualdade em conjunto com o ajuste fiscal. Em 2 de julho, Lula usou um cartaz com a “taxação BBB” durante visita a Salvador.
Entretanto, o mote não deve ser adotado oficialmente para evitar conflitos com o Congresso, que resiste a aprovar a isenção do imposto de renda para a classe média.