Ministros rejeitam aplicação do juiz das garantias na ação contra Bolsonaro
STF nega pedido de Bolsonaro para juiz das garantias em processo sobre tentativa de golpe. Ministra Alexandre de Moraes afirma que regra não se aplica a processos em tribunais superiores.
STF rejeita pedido da defesa de Jair Bolsonaro
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, por unanimidade, o pedido da defesa de Jair Bolsonaro pela aplicação do juiz das garantias no processo que analisa a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) em 25 de março de 2025.
O advogado Celso Vilardi solicitou a distribuição do caso para um novo relator antes do recebimento da denúncia. No entanto, o relator Alexandre de Moraes destacou que as regras do juiz das garantias não se aplicam a processos de competência originária dos tribunais, como o STF.
A 1ª Turma do STF é composta pelos ministros: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes.
O juiz das garantias acompanha a fase de inquérito, enquanto o juiz de instrução atua após a denúncia. Caso contrário, Moraes, que acompanhou as investigações, não poderia julgar o caso.
A proposta foi aprovada em 2019 e sancionada por Bolsonaro. Em janeiro de 2020, Fux suspendeu sua implementação, alegando gastos aos tribunais, mas o STF validou o modelo em agosto de 2023.
A 1ª Turma analisa a denúncia contra Bolsonaro e 7 aliados, decidindo se há elementos para iniciar ação penal. O julgamento, iniciado em 25 de março, refere-se ao núcleo central da organização criminosa.
Cristiano Zanin presidiu a sessão que incluiu a apresentação do relatório de Moraes, que defendeu a aceitação da denúncia. O advogado de Bolsonaro pediu prioridade na fala, mas foi negado.
Sessões extraordinárias foram marcadas para deliberar sobre o caso: duas em 25 de março e uma em 26 de março, todas pela manhã.
Se a denúncia for aceita, será iniciada a ação penal, em que serão ouvidas testemunhas indicadas e realizados novos levantamentos. O processo seguirá para cada grupo denunciado pela PGR.
Para mais detalhes sobre o julgamento, acesse a cobertura do Poder360.