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Minoritários da BRF reclamam de relação de troca com a Marfrig

Acionistas minoritários criticam relação de troca da fusão entre BRF e Marfrig, considerando-a desvantajosa. Proposta de recesso é vista como uma alternativa viável para investidores insatisfeitos.

Fusão BRF e Marfrig gera descontentamento entre acionistas minoritários da BRF. A relação de troca proposta, de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF, foi considerada “extremamente desfavorável”.

Um gestor afirmou que a BRF está com alavancagem baixa (1x EBITDA) e um múltiplo superior no mercado de frango, enquanto a Marfrig apresenta maior alavancagem e menos EBITDA.

A operação inclui o pagamento de dividendos de R$ 2,5 bilhões pela Marfrig e R$ 3,2 bilhões pela BRF. O valor por ação da BRF é de R$ 17,30, representando um desconto de 16% em relação ao preço anterior.

O direito de recesso é oferecido aos acionistas que não concordarem, com valor de R$ 19,83 por ação. Atualmente, a ação da BRF negocia a R$ 20,16.

O gestor sugere que a melhor opção seria optar pelo direito de recesso ou vender ações na Bolsa. Previ (6% do capital) e Salic (11%) apoiam a fusão.

Se 27% (restante dos minoritários) optarem pelo recesso, a nova companhia teria que desembolsar R$ 9,2 bilhões, afetando 70% do caixa da BRF. Contudo, a expectativa é que apenas 20% opte pelo recesso, resultando em um custo menor.

A relação de troca foi validada por JP Morgan e Citi. Apesar de dificuldades atuais da Marfrig, considera-se que as margens históricas vão se normalizar no futuro.

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