Míssil de Israel mata crianças palestinas que buscavam água em Gaza
Novos ataques israelenses em Gaza resultam em 43 mortes, com destaque para o bombardeio em um ponto de distribuição de água. A crise humanitária se agrava, enquanto as negociações de trégua entre Israel e Hamas permanecem estagnadas.
Novos ataques israelenses resultaram na morte de pelo menos 43 palestinos neste domingo (13) na Faixa de Gaza, segundo a Defesa Civil, controlada pelo Hamas.
Um míssil israelense atingiu um ponto de distribuição de água potável perto do campo de refugiados de Nuseirat, matando 20 pessoas, incluindo 10 crianças. Israel alegou que houve uma falha técnica, mas expressou lamento pelas vítimas civis.
Outros ataques deixaram 10 mortos em um mercado na Cidade de Gaza e 3 mortos no campo de deslocados de Al Mawasi.
A escassez de água em Gaza piorou, afetando serviços de dessalinização e saneamento, e levando a população a depender de centros de abastecimento.
Sete agências da ONU alertaram que a falta de combustível chegou a "níveis críticos", causando uma crise humanitária.
Enquanto isso, um navio de ajuda humanitária partiu da Sicília com ativistas pró-Palestina na esperança de "quebrar o bloqueio israelense". A última flotilha desse tipo foi interceptada por Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que mais de 58 mil pessoas foram mortas desde o início da guerra em outubro de 2023, com 139 vítimas nas últimas 24 horas. Mais da metade seriam mulheres e crianças.
As negociações de trégua entre Israel e o Hamas estão em impasse, com ambos os lados divididos sobre uma possível retirada israelense do território palestino.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que Israel não desistirá de suas principais demandas, incluindo a libertação de reféns e a destruição do Hamas.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas que resultou em cerca de 1.200 mortes em Israel e 251 reféns levados para Gaza.
A campanha israelense provocou o deslocamento quase total da população de mais de 2 milhões de pessoas em Gaza.