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Modelos de negócios sustentáveis: alinhando concepção e ação

A análise dos sistemas de decisão de Kahneman revela como a intuição e a reflexão profunda impactam na escolha entre modelos de negócios tradicionais e sustentáveis. A importância de considerar o longo prazo e a adaptação às mudanças estruturais é essencial para o sucesso nas iniciativas de sustentabilidade.

Daniel Kahneman, Prêmio Nobel de Economia de 2002, destaca a distância entre ideias e ações nas organizações por meio de dois sistemas de pensamento: Sistema 1 (rápido e intuitivo) e Sistema 2 (lento e analítico).

Primeiro ponto: a maximização de resultados. A microeconomia tradicional mostra que decisões ótimas de curto prazo podem não ser a melhor escolha a longo prazo, destacando a importância do horizonte de análise na transição para modelos sustentáveis.

O Sistema 1 prefere o familiar, enquanto o Sistema 2 promove reflexões profundas sobre futuras gerações e a necessidade de inovar. Exemplo: inovações como televisão e internet começaram modestamente e se tornaram essenciais.

Segundo ponto: a identificação de vantagens competitivas. Inovações sustentáveis muitas vezes parecem não atrativas no presente. O Sistema 2 ajuda a perceber mudanças dinâmicas e a importância de se adaptar ao contexto social e econômico.

O Sistema 1, em busca de simplicidade, pode desconsiderar a agenda ESG. No entanto, o Sistema 2 alerta que bons negócios são difíceis em um planeta devastado.

Aviso: (...) cuidados são essenciais para o desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis. Evite que o Sistema 1 domine o Sistema 2, usando recursos de forma eficiente e evitando batalhas sem sentido.

Celso Lemme, professor de Finanças e Sustentabilidade da UFRJ, ressalta a necessidade de equilíbrio entre entusiasmo e pessimismo na avaliação de estratégias de sustentabilidade.

Nota: O artigo reflete a opinião do autor, não do jornal Valor Econômico, que não se responsabiliza por informações ou prejuízos associados.

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