Moeda da China só perde para o dólar nas reservas do Banco Central. E na sua carteira?
O yuan se destaca como a segunda moeda nas reservas internacionais do Brasil, revelando um crescimento acelerado frente ao dólar. Especialistas indicam que, apesar das barreiras, investir na China pode ser uma oportunidade promissora para diversificação da carteira.
Yuan se destaca nas reservas internacionais do Brasil
No final de 2024, o yuan se tornou a segunda moeda com maior participação nas reservas internacionais do Banco Central do Brasil, com 5,31%, superando o euro (5,23%). Seis anos antes, o yuan não tinha participação nenhuma. O dólar, que detinha 89,93% em 2018, caiu para 78,45% em 2024.
Movimentação da economia chinesa
Especialistas, como o professor Otto Nogami, argumentam que a China busca internacionalizar sua moeda através de transações comerciais com países estratégicos, como Rússia e Sudeste Asiático.
Por outro lado, também existe a perspectiva de que a China usa o yuan para reduzir sua dependência internacional e proteger sua economia de influências externas.
Dificuldades de investimento
Roberto Dumas ressalta que existem restrições para brasileiros investirem na China, incluindo a burocracia para obter autorização do Banco Popular da China.
Alternativas para investimento
Apesar das dificuldades, existem maneiras mais simples de investir na China através de BDRs e ETFs negociados na bolsa brasileira. Marília Fontes defende que esses instrumentos são um bom começo e essenciais em um momento em que a China lidera investimentos em tecnologia e sustentabilidade.
Atração dos ETFs
A Bradesco Asset lançou dois ETFs de ações chinesas, ampliando as opções de diversificação para investidores brasileiros. O XINA11, um dos ETFs mais populares, já subiu cerca de 30% em 2025 e tem potencial para aumentar ainda mais.
Investimentos específicos e BDRs
Investidores também podem optar por ações específicas da China, como os BDRs do Baidu e Alibaba, embora as opções no Brasil sejam limitadas. Para mais opções, é possível enviar dinheiro para os EUA.
Por fim, a especialista Fabiana D’Atri destaca que o investidor deve estar sempre atento ao seu perfil de risco e estratégia de investimento.