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Momento do BB exige conversa franca com mercado, diz presidente

Lucro do Banco do Brasil cai 60%, refletindo aumento da inadimplência no agro e MPMEs. Apesar da queda nos lucros, presidenta destaca crescimento na margem financeira bruta e na receita de serviços.

Presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, comentou em teleconferência sobre a necessidade de uma comunicação clara com o mercado.

O lucro líquido da instituição recuou 60% em um ano, impactado pelo aumento do custo de crédito que subiu 56%, refletindo a inadimplência do agro e das MPMEs.

A margem financeira bruta cresceu 4,9% no trimestre, destacando a capacidade de gerar resultados: “Isso se confirma e vai se consolidar ao longo do ano”, afirmou Tarciana.

A receita de prestação de serviços subiu 4,7% para R$ 8,8 bilhões, mostrando a diversificação das fontes de receita.

As despesas administrativas aumentaram 1,9% no comparativo trimestral, totalizando R$ 9,7 bilhões.

A carteira de crédito expandida atingiu R$ 1,294 trilhão, com foco no seguro, especialmente no crédito ao trabalhador.

O índice de capital principal ficou em 10,97%, refletindo um balanço robusto.

O crescimento da carteira agro foi impulsionado pelo otimismo dos preços das commodities e pela super safra.

Tarciana mencionou o impacto da alta da Selic, que subiu de 12,25% para 15%, afetando o crédito.

A inadimplência atingiu 3,49%, um recorde para o Banco do Brasil, com maior concentração nas regiões Centro-Oeste e Sul, principalmente nas culturas de soja, milho e bovino.

Com a Resolução 4.966, houve uma mudança na forma de provisionar perdas, exigindo ajustes assim que a inadimplência começa a se manifestar.

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