Moody’s avalia que América Latina tem exposição corporativa moderada a tarifas de Trump
Moody's avalia que impacto das novas tarifas dos EUA é moderado para empresas da América Latina. Apesar da exposição, apenas 9% das companhias enfrentam riscos diretos, com setores específicos sendo mais afetados.
Moody's analisa impactos das novas tarifas de importação dos EUA na América Latina
Com o início da cobrança das novas alíquotas de importação nos EUA, a Moody's considera que o setor corporativo na América Latina tem exposição moderada à medida. Segundo a agência:
- 70% das empresas têm exposição moderada;
- 17% sofrem leve impacto;
- 13% serão as mais afetadas.
A Moody's analisou 3,5 mil empresas não financeiras globalmente, incluindo 140 na América Latina. A maioria das empresas da região está mais exposta à China.
A agência observou que a incerteza comercial afetará mais os exportadores do México em comparação às outras economias que dependem de commodities.
As empresas mais afetadas incluem fabricantes de automóveis e aeronaves, especialmente fornecedores de autopeças. As tarifas podem resultar em estresse de consumo para montadoras.
A Moody’s alerta que 21% das empresas da região enfrentam alta exposição a fatores macroeconômicos, o que poderá reduzir taxas de crescimento econômico, impactando emprego, renda e consumo.
A análise mostra que apenas 9% têm exposição direta ao comércio e 10% à volatilidade financeira.
Brasil e México enfrentam tarifas mais altas, como a nova tarifa de 50% no Brasil a partir de 1º de agosto, embora certas isenções existam.
O Chile destaca-se pela alta exposição macroeconômica, especialmente nos setores de metais, químicos e produtos florestais.
Alguns produtos brasileiros, como os que beneficiam a Embraer, estão isentos.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias