HOME FEEDBACK

Moody’s rebaixa nota da Colômbia citando suspensão da regra fiscal

Moody's rebaixa nota de crédito da Colômbia e muda perspectiva para estável. O aumento da dívida e a suspensão da regra fiscal foram fatores determinantes na decisão da agência.

Moody’s rebaixa nota de crédito da Colômbia para Baa3, citando aumento da dívida e suspensão da regra fiscal que limitava o endividamento do governo.

A classificação caiu de Baa2 para o menor nível de grau de investimento, devido à incapacidade do governo em conter os gastos após receitas aquém do esperado.

A agência afirmou: “O governo optou por suspender a regra fiscal na ausência de um choque, refletindo negativamente na eficácia da política fiscal.”

A perspectiva mudou de negativa para estável, pois a Moody’s acredita que instituições continuarão a desempenhar papel estabilizador e que a economia crescerá, apesar dos desafios.

O economista do Barclays, Alejandro Arreaza, destacou que o rebaixamento era esperado, e a mudança para estável permite manter o grau de investimento.

O prêmio de risco da Colômbia é semelhante a países com classificação single-B, indicando deterioração significativa já precificada pelo mercado.

A situação orçamentária está piorando, com o Ministério da Fazenda elevando a previsão do déficit para 2025 de 5,1% para 7,1% e aumentando planos de endividamento.

Com a eleição presidencial se aproximando, investidores estão céticos sobre ações de Gustavo Petro para conter gastos. Petro, que não pode se reeleger, deve tentar manter seu partido no poder.

A Colômbia perdeu sua classificação de grau de investimento em 2021, quando rebaixada pelas agências S&P Global Ratings e Fitch Ratings.

Munir Jalil, economista-chefe do BTG Pactual, afirmou que a decisão da Moody’s não foi surpresa e que a mudança para perspectiva estável significa que novos rebaixamentos só ocorrerão após as eleições.

Leia mais em infomoney