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Moody's rebaixa nota dos EUA, que deixa de ser 'AAA', por causa do aumento da dívida pública

Moody's aponta aumento preocupante na dívida pública e nos custos com juros como razões para rebaixamento. A decisão sinaliza riscos crescentes para a economia americana diante de déficits orçamentários alarmantes.

Moody's rebaixa nota dos EUA de AAA para AA1

A agência de classificação de risco Moody's anunciou a redução da nota dos Estados Unidos de AAA para AA1, um rebaixamento de um nível.

A decisão foi baseada no aumento das proporções entre a dívida do governo e pagamentos de juros em relação ao PIB.

Em comunicado, a Moody's afirmou: "Este rebaixamento reflete o aumento, ao longo de mais de uma década, da dívida pública e dos índices de pagamento de juros".

Atualmente, os EUA enfrentam um déficit orçamentário enorme, com os custos de juros da dívida do Tesouro crescendo. O décifit fiscal totalizou US$ 1,05 trilhão, um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

No entanto, a aplicação de tarifas ajudou a mitigar parte do desequilíbrio no último mês.

A Moody's sempre se manteve cautelosa em manter a classificação mais alta dos EUA, seguindo o exemplo de suas contemporâneas:

  • Standard & Poor's rebaixou em agosto de 2011 de AAA para AA+
  • Fitch Ratings reduziu em agosto de 2023, também de AAA para AA+

A nota foi divulgada após a rejeição de um pacote orçamentário pelo Comitê da Câmara, liderado pelo Partido Republicano.

A Moody's declarou: "Governos e Congresso dos EUA não conseguiram acordar medidas para reverter grandes déficits e aumento de custos."

A Moody's começou a classificar títulos americanos em 1993, tendo atribuído a nota AAA desde 1949.

Recentemente, com a batalha comercial de Trump, os rendimentos dos títulos do Tesouro subiram e o dólar se desvalorizou, indicando que os investidores podem estar se afastando dos EUA como um refúgio seguro para investimentos.

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