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Moradores da Groenlândia se unem contra os EUA, com Trump de olho no Ártico

Groenlandeses temem que interesses dos EUA comprometam sua luta pela independência. Pressões externas intensificam sentimentos de unidade e identidade nacional entre os habitantes locais.

NUUK, Groenlândia (AP) — Lisa Sólrun Christiansen, 57, acorda às 4h para tricotagem de blusas de lã, valorizadas globalmente por suas cores e cultura inuíte. A rotina matinal inclui checagem de notícias, que atualmente causa preocupação devido ao interesse dos EUA em sua terra natal.

Christiansen, filha de pais inuítes e dinamarqueses, se preocupa com a independência da Groenlândia, agora um peão na competição EUA, Rússia e China, sobretudo com o presidente Trump expressando desejo de assumir o controle da Groenlândia.

Recentemente, tensões aumentaram após Usha Vance, esposa do Vice-Presidente dos EUA, anunciar visita à Groenlândia, seguida por líderes de segurança americana. O primeiro-ministro Múte Boroup Egede ressaltou a necessidade de respeitar a integridade e democracia groenlandesa. A Groenlândia caminha para a independência, sendo seu direito reconhecido pela Dinamarca desde 2009.

A presença militar dos EUA na Groenlândia e o interesse em seus ricos recursos geram descontentamento. Especialistas afirmam que a pressão de Trump uniu os groenlandeses em busca de identidade nacional. A autonomia e cultura inuíte estão sendo reafirmadas, apesar da intervenção externa.

Embora Trump tenha admiradores na Groenlândia, muitos concordam que o destino da ilha deve ser decidido apenas por eles. "Temos que nos manter unidos", conclui Christiansen enquanto tricota.

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