Moradores de Gaza voltam à luta diária por água após ataque mortal
Famílias em Gaza enfrentam grave crise de água potável, exacerbada por ataques e bloqueios. A escassez afeta a saúde pública, causando doenças e ameaçando a sobrevivência de dezenas de milhares.
Família al-Manasra enfrenta grave crise de água em Gaza após ataque que resultou em oito mortes.
A família, que vive em um acampamento de barracas, luta para encontrar água suficiente. Crianças já apresentam diarreia e doenças de pele devido à falta de recursos.
Akram Manasra, 51 anos, relata a dificuldade de buscar água, mencionando: "Não há hospitais e medicamentos."
A OCHA alerta que a escassez de água limpa, agravada por 21 meses de guerra e quatro meses de bloqueio, está afetando a saúde pública.
No domingo, um míssil descontrolado atingiu uma fila de pessoas em um ponto de distribuição de água em Nuseirat, resultando em fatalidades.
A escassez de combustível está prejudicando serviços essenciais, como a coleta de lixo e esgoto, criando risco de contaminação. Doenças como diarreia e icterícia estão se espalhando entre pessoas em abrigos superlotados.
James Elder, do Unicef, afirmou que a situação poderia ser resolvida rapidamente se a eletricidade fosse permitida nas usinas de dessalinização.
A agência israelense de coordenação humanitária Cogat não se manifestou sobre o assunto, enquanto Israel alega que está fornecendo combustível suficiente.
A família Manasra tenta manter a higienização, mas enfrenta enorme dificuldade devido à falta de água, mostrando a precariedade de sua situação ao relatar a infecção de pele de uma das crianças.
Sem conseguir lavar roupas ou mantimentos por dias, Manasra questiona: "Como isso será suficiente para 10 pessoas?"