Moraes amplia prazo e dá até segunda para PGR se manifestar sobre prisão domiciliar de Bolsonaro
Moraes amplia prazo para a PGR se manifestar sobre possíveis descumprimentos de medidas cautelares por Bolsonaro. Ex-presidente e seu filho são investigados por tentativa de obstrução das investigações e coação no processo.
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, ampliou o prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre descumprimento de medidas cautelares por Jair Bolsonaro.
O novo prazo é de cinco dias, em vez de terminar nesta quarta-feira. Anteriormente, Moraes havia concedido 48 horas para a PGR se manifestar sobre esclarecimentos da defesa do ex-presidente.
No despacho de terça-feira, Moraes mandou a polícia penal do DF monitorar Bolsonaro presencialmente e pediu à PGR que se manifestasse sobre questões pendentes, incluindo:
- Descumprimento das cautelares;
- Agravo de Bolsonaro contra a prisão domiciliar;
- Relatório da Polícia Federal sobre obstrução das investigações.
Os advogados de Bolsonaro negam que ele tenha planejado pedir asilo à Argentina e que tenha descumprido as medidas cautelares.
A Polícia Federal apontou o descumprimento no relatório que indiciou Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, por coação relacionada ao processo de abolição do Estado Democrático de Direito.
Ambos são suspeitos de usar sanções dos EUA para interferir na ação penal da trama golpista.
A defesa de Bolsonaro afirmou que ele nunca esteve proibido de usar WhatsApp e argumentou que as ações da PF configuram lawfare, semelhante ao que a defesa de Lula alegou na Lava-Jato.