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Moraes cita 'gabinete do ódio' e vota para tornar réus integrantes do núcleo quatro por tentativa de golpe

Ministro do STF acata denúncia contra "núcleo quatro" da trama golpista, destacando a utilização de desinformação e ameaças às instituições. Acusados enfrentam cinco crimes relacionados a tentativas de golpe e desvio de recursos públicos.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou a denúncia contra o “núcleo quatro” da trama golpista, em análise pela Primeira Turma nesta terça-feira.

A denúncia, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), indica que os sete acusados atuaram para disseminar desinformação e atacar as urnas eletrônicas durante a campanha de 2022.

Durante seu voto, Moraes revelou a existência do “gabinete do ódio” no Palácio do Planalto, responsável por produzir e divulgar notícias falsas.

Ele ressaltou que cada núcleo da suposta organização criminosa tinha tarefas específicas e informava a cúpula, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

Os acusados buscavam incitar os eleitores contra o sistema eleitoral e usavam a estrutura do Estado para implementar o plano golpista. Dois deles trabalhavam na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Moraes também destacou que o grupo pressionou comandantes das Forças Armadas nas redes sociais e exibiu mensagens trocadas entre os acusados, utilizando linguagem inapropriada.

Foi mencionada a multa de R$ 22 milhões imposta ao PL por solicitar a anulação de votos com base em relatório falso do Instituto Voto Legal.

Os integrantes do “núcleo quatro” incluem:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros - Majores da reserva do Exército
  • Ângelo Martins Denicoli - Majores da reserva do Exército
  • Carlos César Moretzsohn Rocha - Engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal
  • Giancarlo Gomes Rodrigues - Subtenente do Exército e ex-integrante da Abin
  • Marcelo Araújo Bormevet - Policial federal e ex-membro da Abin
  • Guilherme Marques de Almeida - Tenente-coronel do Exército
  • Reginaldo Vieira de Abreu - Coronel do Exército

Eles são acusados de cinco crimes, incluindo associação criminosa armada e golpe de Estado. As defesas rejeitaram as acusações.

Esse é o terceiro julgamento da trama golpista pela Primeira Turma, que já tornou réus outros integrantes.

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