Moraes cobra defesa de Léo Índio após fala sobre ida à Argentina
Defesa de Leo Índio é convocada a esclarecer informações sobre sua suposta estadia na Argentina, enquanto o STF avança no processo que o torna réu por tentativa de golpe de Estado. A maioria dos ministros rejeitou recurso que pedia a suspensão da ação penal.
Ministro do STF, Alexandre de Moraes, exige informações da defesa de Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, sobre um vídeo em que afirma estar na Argentina. O prazo é de 48 horas.
Léo Índio é réu por tentar promover um golpe de Estado durante os eventos de 8 de janeiro. Sua declaração foi feita em entrevista à rádio Massa FM e coincide com a decisão da 1ª Turma do STF que tornou Bolsonaro e outros 7 réus.
Ele alegou estar na Argentina há 22 dias, com uma permissão que precisa ser renovada a cada 3 meses, e disse temer ser preso ao solicitar a renovação.
Léo Índio minimizou sua participação nos atos extremistas, argumentando que foi incluído no processo por ter tirado uma selfie. Os crimes pelos quais responde incluem:
- Invasão de prédios públicos
- Depredação
Ele afirmou: "Não houve nenhuma imagem que me colocasse e me enquadrasse em nenhum desses crimes."
A 1ª Turma do STF rejeitou recurso da defesa, que buscava impedir a abertura de ação penal. Ministros como Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes. Luiz Fux ainda votará até 6ª feira.
A PGR denunciou Léo Índio por sua participação nos atos de 8 de janeiro, destacando publicações em que aparece em locais estratégicos durante a invasão. A defesa argumentou que o STF não tem jurisdição no caso, mas o argumento foi rejeitado.