Moraes compara técnica usada por militares para ocultar identidades à série A Casa de Papel
Ministro do STF faz comparação entre codinomes de militares em trama golpista e a série "A Casa de Papel". Durante votação, Moraes vota pela rejeição da denúncia contra dois dos doze acusados.
Ministro Alexandre de Moraes compara codinomes de militares envolvidos em trama golpista a "A Casa de Papel" durante voto no Supremo Tribunal Federal (STF).
A análise abrange o grupo conhecido como "número três", que inclui os chamados "kids pretos". Moraes destacou o uso do aplicativo Signal para comunicação e a criação de grupos com codinomes.
Moraes mencionou que, ao contrário de "A Casa de Papel", onde os codinomes são de cidades, aqui são de países, ressaltando que “qualquer semelhança é mera coincidência”.
O relato incluiu que o militar Rafael Martins de Oliveira confirmou o caráter golpista de uma reunião no Palácio do Planalto. Segundo a Polícia Federal, ele comprou celulares utilizados na Operação Copa 2022.
O relator disse que a operação estava prevista no Plano Punhal Verde Amarelo, envolvendo pelo menos seis militares com identidades em sigilo e utilizando táxis para evitar identificação.
O grupo, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), seria responsável por pressionar comandantes das Forças Armadas a aderir a um golpe. Os integrantes incluem generais e coronéis.
Moraes votou pela rejeição da denúncia contra dois dos 12 acusados, afirmando que não há indícios suficientes para levar a julgamento Cleverson Ney Magalhães e Nilton Diniz Rodrigues, sendo a primeira vez que vota a favor de denunciados neste caso.