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Moraes defende responsabilização de big techs: 'Têm posição política, religiosa, ideológica, e programa seus algoritmos'

Moraes critica a falta de regulamentação das big techs e defende a responsabilização dessas empresas por abusos em suas plataformas. Ele destaca que a neutralidade das redes sociais é uma ilusão e que as legislações existentes devem ser aplicadas para proteger os pilares democráticos.

Ministro Alexandre de Moraes defende responsabilização das big techs, criticando sua postura "imperialista" em relação às regras dos países.

Moraes destacou que, mesmo sem novas leis, a legislação atual deve ser aplicada para coibir abusos das empresas tecnológicas. Ele afirmou que as big techs não são neutras e possuem agendas políticas e ideológicas que influenciam seus algoritmos.

Durante uma aula inaugural na FGV, o ministro declarou que as redes sociais têm atacado os pilares das democracias ocidentais: liberdade de imprensa, eleições livres e independência do Judiciário. Segundo ele, essa desregulamentação visa embaralhar informações e captar usuários em “bolhas” específicas.

Moraes enfatizou que, historicamente, nenhuma atividade econômica impactante escapou de regulamentação e rejeitou a imunidade total que as big techs reivindicam. Ele comparou essa imunidade a imperialismo e reclamou da falta de responsabilidade nas redes sociais em comparação à mídia tradicional.

Além do tema das big techs, Moraes mencionou ataques ao Judiciário via redes sociais como uma estratégia de descredibilização por radicais. Ele alertou que, se a reação do governo não for forte, poderá ser difícil conter esses ataques no futuro.

O evento contou com a presença de outras autoridades, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ministra do TSE, Edilene Lobo. Moraes elogiou a atuação da Polícia Federal nas investigações sobre tentativas de golpe pós-eleições de 2022.

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