Moraes determina prisão preventiva de Zambelli e inclusão do nome da deputada em lista da Interpol
Ministro determina prisão e inclusão de Carla Zambelli na lista da Interpol após condenação. Deputada se declara foragida e planeja permanecer na Europa após anunciar licença do mandato.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e sua inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol. Isso permite a detenção fora do Brasil de pessoas com mandado em aberto.
Na terça (3), Zambelli anunciou que iria para a Europa, após ser condenada a dez anos de prisão pela Primeira Turma da Corte. Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que considerou a fuga uma tentativa de evitar o cumprimento da pena.
Além da prisão, Moraes ordenou o bloqueio do passaporte de Zambelli, de seus vencimentos e contas bancárias, e a restrição de suas redes sociais.
Em entrevista, Zambelli afirmou que estava fora do Brasil para tratamento médico e que tinha cidadania europeia. Também criticou ministros do STF e falou sobre perseguição judicial.
Em maio, a Primeira Turma do STF condenou a parlamentar por invasão aos sistemas do CNJ, tendo contratado o hacker Walter Delgatti. Sua defesa apresentará embargos de declaração em sessão virtual na próxima sexta-feira (6).
Em outro processo, a deputada pode ser condenada a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma. O julgamento foi interrompido por um pedido de vista.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que Zambelli deve ser tratada como foragida e que a prisão preventiva é necessária para assegurar a aplicação da lei penal. A defesa da deputada não comentou a decisão de Moraes.