Moraes diz que não quer tumulto e nega pedido de Bolsonaro sobre Cid
Moraes rejeita pedido da defesa de Bolsonaro para manifestação da PGR antes das alegações finais. O ministro ressalta que não permitirá atrasos no processo e que a questão será analisada em momento oportuno.
Ministro do STF, Alexandre de Moraes, nega pedido da defesa de Jair Bolsonaro
No dia 30 de junho de 2025, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para que a PGR se manifestasse sobre uma conta do Instagram vinculada ao tenente-coronel Mauro Cid antes das alegações finais da acusação.
Moraes enfatizou que não tolerará "tumulto processual" e que a questão será debatida "no momento adequado".
A defesa de Bolsonaro alegou que Cid mentiu ao negar à PF ter utilizado VPN para excluir o perfil “Gabrielar702” após ser questionado. Eles argumentaram que registros da Meta e Google mostram que a exclusão ocorreu de um servidor na Dinamarca, evidenciando uma possível destruição de provas.
- Documentos da Meta indicam que a conta foi criada na residência de Cid.
- O e-mail vinculado à conta foi criado em 2005 por Mauro Cid, e o número de telefone para recuperação de senha se correlaciona com o apreendido pela PF.
Cid depôs à PF em 24 de junho de 2024, no âmbito de um inquérito sobre suposta obstrução de investigação. A apuração foi instigada por uma reportagem da Veja, indicando que Cid pode ter usado o perfil para comunicação durante um acordo de delação premiada.
Mensagens de Cid entre janeiro e março de 2024 revelaram críticas a investigadores e a configuração de uma sentença por Moraes, enquanto o sigilo nas comunicações era uma exigência imposta pelo Supremo.
O advogado Eduardo Kuntz, que defende o coronel Marcelo Câmara, alegou ter conversado com Cid e apresentou mensagens como comprovação. Cid, entretanto, negou o uso de contas alternativas em depoimentos ao STF, mesmo com indicações de que ele teria mentido.