Moraes manda PF ouvir advogados de Bolsonaro por suspeita de obstrução
Moraes ordena depoimentos de advogados de Bolsonaro após suspeitas de obstrução de justiça. A ação é parte das investigações ligadas à delação do tenente-coronel Mauro Cid na tentativa de golpe de Estado.
STF determina depoimentos de advogados de Bolsonaro
No dia 25 de junho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Polícia Federal (PF) tome depoimentos de Fábio Wajngarten e Paulo Cunha Bueno, advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles são suspeitos de obstrução das investigações relacionadas à delação do tenente-coronel Mauro Cid.
Moraes acatou um pedido da defesa de Cid, que pretende investigar a conduta dos advogados após a entrega de documentos à PF. Na decisão, Moraes mencionou a possibilidade de delito de obstrução de investigação envolvendo organização criminosa.
Os advogados de Cid alegam que Wajngarten contatou a filha de 14 anos do tenente-coronel pelo WhatsApp e que Cunha Bueno, junto a Eduardo Kuntz, abordou a mãe de Cid em um evento, tentando desviar a defesa do militar.
Esses contatos ocorreram entre agosto e dezembro de 2023, quando Cid já tinha restrições quanto ao uso de redes sociais e contatos com outros investigados.
Para a defesa de Cid, as mensagens trocadas refutam a afirmação de Kuntz de que ele foi procurado primeiro. Este advogado está sob investigação por sua conduta na tentativa de anular a delação de Cid. Moraes afirmou que Kuntz excedeu suas obrigações legais como advogado.
A defesa de Bolsonaro solicitou a anulação do acordo de delação de Cid, baseado em mensagens que supostamente demonstram mentiras do tenente-coronel em seu depoimento. No entanto, Moraes negou esse pedido.