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Moraes manda prender homem que quebrou relógio histórico do Planalto

Ministro Alexandre de Moraes revoga decisão que concedia liberdade ao mecânico condenado por invasão ao Palácio do Planalto. Moraes ressalta que apenas o STF tem competência para determinar questões processuais relacionadas aos apenados pelos atos golpistas.

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou prender o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos de prisão por participação na invasão ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023.

A decisão foi divulgada na noite de ontem, 19. Moraes derrubou a liminar que concedia ao réu o regime semiaberto, decisão do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Uberlândia.

Segundo o ministro, o juiz não possuía competência legal para conceder esse benefício. Apenas o STF pode decidir questões processuais sobre os apenados por atos golpistas.

Moraes afirmou que o mecânico ainda não tem direito à progressão de regime porque foi condenado por crimes cometidos com violência e deve cumprir ao menos 25% da pena antes de ter essa possibilidade.

A conduta do juiz Lourenço será investigada, conforme determinação do ministro. Ele destacou que a decisão do juiz foi ilegal e não tinha respaldo da Suprema Corte.

No ano passado, Antônio foi condenado por abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e associação criminosa armada.

O mecânico confessou ter danificado um relógio histórico do século 17, presente ao imperador Dom João VI pela corte francesa em 1808. O relógio foi recuperado e o processo de restituição contou com ajuda de uma relojoaria suíça.

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