Moraes marca interrogatório de Bolsonaro e mais sete réus da trama golpista
Interrogatórios visam esclarecer a atuação do "núcleo crucial" na tentativa de golpe de Estado. A fase de depoimentos ocorreu após escuta de 52 testemunhas, revelando tensões e acusações durante o processo.
Interrogatórios de ex-presidente Jair Bolsonaro e outros acusados de golpe começam na segunda (9).
O ministro Alexandre de Moraes, da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, anunciou que os interrogatórios terão início na próxima segunda-feira. O primeiro a ser ouvido será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por ter firmado acordo de colaboração premiada.
Na sequência, serão interrogados:
- Alexandre Ramagem (ex-chefe da ABIN);
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça);
- Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional);
- Jair Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa);
- Braga Netto (ex-ministro da Defesa).
Esses oito formam o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe, liderada para manter Bolsonaro no poder, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Se todos interrogatórios não forem concluídos na segunda, as oitivas continuarão até quinta-feira (13).
O fim da fase de depoimentos ocorre após a audiência de 52 testemunhas. O último a ser ouvido foi o senador Rogério Marinho, que negou que Bolsonaro tenha falado sobre ruptura institucional. Todas as audiências foram conduzidas por Moraes.
Os depoimentos tiveram início em 19 de maio. Moraes cobrou a verdade durante as oitivas e interrompeu a defesa de Anderson Torres por repetição de perguntas. Ele também ameaçou prender Aldo Rebelo por tergiversação e acusações de censura.