Moraes não é radical e tem feito gestos de pacificação, diz Temer
Temer defende ações de Moraes como essenciais para a estabilidade política e a pacificação nacional. O ex-presidente ressalta a importância de reavaliar penas e sugere que a concessão de anistia cabe ao Congresso.
Ex-presidente Michel Temer defende o ministro do STF, Alexandre de Moraes, como alguém que agiu com “coragem jurídica” para garantir as eleições de 2022 após os eventos de 8 de janeiro. Segundo Temer, a atuação de Moraes visa a “pacificação do país”.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Temer destacou que Moraes já liberou muitos presos envolvidos na tentativa de golpe e que as penas longas devem ser reduzidas, afirmando que há instrumentos jurídicos para isso.
O ex-presidente reforçou que, apesar do Congresso ter a competência para conceder anistia, o STF deve reavaliar a dosimetria das penas. Ele já havia expressado essa opinião anteriormente como forma de evitar “mal-estar”.
Moraes foi indicado por Temer ao STF em 2017, após a morte de Teori Zavascki. Ambos têm enfrentado críticas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que acusam Moraes de perseguição a investigados pela destruição das sedes dos Três Poderes em 2023.
Ações de Moraes geraram protestos bolsonaristas em 2024, como a suspensão do X e a divulgação de investigações contra aliados de Bolsonaro.
Temer também foi criticado por tentar articular uma 3ª via com 5 governadores para 2026, enfrentando oposição de figuras como Fabio Wajngarten e o pastor Silas Malafaia.