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Moraes nega pedido do advogado de Bolsonaro para ser dispensado de depoimento à PF

STF mantém depoimento de advogado de Bolsonaro em investigação sobre interferência em delação. O ministro Alexandre de Moraes argumenta que a oitiva é essencial para esclarecer as abordagens feitas à família de Mauro Cid.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou nesta terça-feira (1º) o pedido de dispensa do advogado Paulo Amador Cunha Bueno, que representa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de prestar depoimento à Polícia Federal (PF).

A oitiva foi determinada na semana passada em um inquérito que investiga a suposta tentativa de interferência na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

Bueno argumentou que não buscou informações sobre a delação, mas Moraes reiterou que “não compete ao requerente escolher a forma do ato investigativo”.

A investigação iniciou-se a partir de declarações de Agnes Barbosa Cid, mãe de Mauro, que alegou que Bueno e o advogado Eduardo Kuntz abordaram sua família em um evento, oferecendo defesa durante o acordo de colaboração premiada.

Além de Bueno, outros investigados, incluindo o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara, também foram convocados a depor, sob suspeita de pressão sobre testemunhas.

Bueno reconheceu o encontro com Agnes, descrevendo-o como “casual e breve”, e negou tentativa de assumir a defesa de Cid, classificando isso como “imoral e antiético”.

Com a negativa, Bueno deve prestar depoimento à PF ainda hoje. A oitiva é crucial para esclarecer as abordagens à família de Cid e verificar se houve obstrução no processo de colaboração premiada.

O inquérito permanece sob sigilo, mas os depoimentos poderão impactar as investigações sobre possíveis influências de aliados de Bolsonaro no caso.

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