Moraes nega pedido para que Eduardo e Carlos Bolsonaro testemunhem em ação da trama golpista
Ministro do STF afirma que Eduardo e Carlos Bolsonaro não podem depor como testemunhas, devido a investigações em andamento. O grupo de acusados é apontado como responsável por ações para tentar manter Bolsonaro no poder após sua derrota eleitoral.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta terça-feira (1), o pedido de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, para ouvir Eduardo e Carlos Bolsonaro como testemunhas de defesa na ação da trama golpista.
Martins faz parte do "núcleo dois" de acusados de golpe, responsável por ações para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. As testemunhas do núcleo serão ouvidas a partir de 14 de julho, durante o recesso do Judiciário.
Eduardo Bolsonaro está sendo investigado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e coação no processo, após defender sanções contra ministros do STF nos EUA.
Carlos também foi indiciado na apuração sobre a Abin paralela, que investiga a suposta estrutura da Agência Brasileira de Inteligência para monitorar críticos a Bolsonaro.
Moraes destacou que os inquéritos envolvendo Eduardo e Carlos estão relacionados à ação da trama golpista, o que impede que depõem como testemunhas.
Além de Martins, compõem o "núcleo dois" os seguintes acusados: Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da PRF), Marcelo Câmara (ex-assessor da Presidência), Mario Fernandes (general da reserva) e os ex-diretores do Ministério da Justiça, Marília Alencar e Fernando Oliveira.