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Moraes põe Cid e Braga Netto cara a cara no STF

Acareações entre militares e ex-integrantes do governo buscam esclarecer divergências sobre suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Os depoimentos apresentados poderão influenciar significativamente o andamento do processo no STF.

Ministro Alexandre de Moraes, do STF, conduziu acareação entre tenente-coronel Mauro Cid e general Braga Netto, na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

A audiência foi realizada nesta terça-feira (24) em Brasília, com participação do ministro Luiz Fux. A sessão, fechada ao público e à imprensa, foi diferente dos interrogatórios anteriores.

A acareação foi requisitada pela defesa de Braga Netto, devido a divergências significativas entre os depoimentos. Um ponto de contradição é uma reunião em 12 de novembro de 2022. Cid afirmou que o encontro discutiu o plano “Punhal Verde e Amarelo”, vinculado à insatisfação com o resultado eleitoral, enquanto Braga Netto nega qualquer conotação política.

Outra contradição surge de uma suposta entrega de dinheiro, onde Cid alegou que recebia ajuda financeira de Braga Netto, que refutou a informação, orientando Cid a procurar o tesoureiro do PL.

A defesa de Braga Netto alega que as declarações de Cid são inconsistentes e sem provas materiais.

Outra acareação ocorreu entre Anderson Torres e Marco Antônio Freire Gomes, para esclarecer a participação de Torres em reuniões antidemocráticas. Freire Gomes reconheceu a presença de Torres, enquanto a defesa deste último sustenta que ele nunca esteve em discussões sobre golpe.

Essas acareações são parte do processo do STF para identificar responsabilidades de ex-integrantes do governo e militares na tentativa de subverter o resultado eleitoral de 2022, com Bolsonaro e aliados como réus.

As sessões têm caráter decisivo, buscando esclarecer contradições e fortalecer as provas da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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