Moraes rejeita representação do PT e manda arquivar pedido de apreensão de passaporte de Eduardo Bolsonaro
Moraes arquiva pedidos para prender passaporte de Eduardo Bolsonaro após manifestação da PGR. Decisão acontece enquanto deputado se licencia do mandato e se muda para os Estados Unidos.
Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou a notícia-crime dos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG) que pedia a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A decisão seguiu o parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que se manifestou contra a apreensão. Eduardo anunciou que se licenciará do mandato e residirá nos Estados Unidos, citando a má-fé do pedido como razão.
Moraes afirmou que somente o Ministério Público pode iniciar processos penais. Na sua decisão, o ministro disse: "INDEFIRO OS PEDIDOS DE IMPOSIÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES e DEFIRO O ARQUIVAMENTO DESTA INVESTIGAÇÃO".
Os deputados do PT alegaram que Eduardo cometeu crime contra a soberania ao tentar obstruir investigações e apoiar um projeto que impediria Moraes de entrar nos EUA.
Porém, Gonet argumentou que as relações de Eduardo com autoridades estrangeiras não configuram crimes. Para o procurador, seria necessário uma negociação com um governo estrangeiro para caracterizar crime contra a soberania.
A decisão de Moraes e a manifestação da PGR ocorreram logo após Eduardo Bolsonaro anunciar sua saída do cargo e a mudança para os Estados Unidos, alegando perseguição a ele e seu pai.