Morgan eleva ações de XP e B3 para compra com projeção de corte de juros no Brasil
Morgan Stanley vê potencial de alta para XP e B3 com queda das taxas de juros. Analistas destacam recuperação nos mercados de capitais e aumento na atividade de negociação como fatores-chave para crescimento.
Morgan Stanley elevou a recomendação das ações da XP (ticker XPBR31) e da B3 (B3SA3) de neutra para overweight, considerando a tendência de queda das taxas de juros no Brasil.
Os analistas Jorge Kuri e equipe destacam que ambas as empresas oferecem exposição alavancada ao aumento dos volumes de negociação e à recuperação dos mercados de capitais.
Os novos preços-alvo são:
- B3SA3: de R$ 15 para R$ 18,50
- XP: de US$ 18 para US$ 24
O banco acredita que o ciclo de aperto monetário no Brasil foi encerrado e que o mercado aguarda cortes nas taxas. Apesar das previsões indicarem cortes só em 2026, a expectativa é de alívio já em novembro.
Com a queda das taxas, a XP deverá se beneficiar da rotação de portfólio e maior confiança dos investidores, aumentando a atividade de negociação e ativos sob gestão (AUM).
A análise ressalta que a B3 também irá se beneficiar da rotação para ativos que não sejam de renda fixa, resultando em volumes de negociação mais altos e receitas elevadas.
O Morgan Stanley elevou as estimativas de lucro por ação (LPA) da XP em 3-5% de 2025 a 2027, com crescimento esperado de 12% em 2025 e 18% em 2026 e 2027. Para a B3, a previsão de crescimento é de 18% em 2025, 17% em 2026 e 13% em 2027.
“XP e B3 se destacam como ações sensíveis às taxas de juros, com avaliações atraentes”, concluem os analistas.