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Morre Vargas Llosa, prêmio Nobel e último gigante da geração dourada da literatura latino-americana

Mario Vargas Llosa, um dos maiores nomes da literatura latino-americana, faleceu aos 89 anos em Lima. Reconhecido com o Prêmio Nobel de Literatura, ele deixou uma obra vasta e significativa, refletindo seu compromisso com a escrita e a política.

Mario Vargas Llosa, escritor peruano e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, faleceu neste domingo, em Lima, aos 89 anos, conforme comunicado de seus filhos.

Autor de obras marcantes como "A Festa do Bode", "Conversa no Catedral" e "A Guerra do Fim do Mundo", Vargas Llosa deixou um legado literário significativo.

Os filhos, Álvaro, Gonzalo e Morgana, expressaram que sua partida causará tristeza, mas destacaram que ele teve uma vida longa e frutífera e que sua obra perdurará. Não haverá cerimônia pública, conforme desejo do autor.

Vargas Llosa dedicou sua vida à literatura, produzindo uma obra vasta com 20 romances, livros de contos, peças de teatro, livros de ensaio e coletâneas de escritos. Ele se destacou também na vida pública, sendo candidato à presidência do Peru em 1990, onde foi derrotado por Alberto Fujimori.

Nascido em 28 de março de 1936, em Arequipa, Vargas Llosa foi um personagem global até sua morte. Em 2022, tornou-se o primeiro escritor não francófono a ocupar a cadeira número 18 da Academia Francesa de Letras.

Seu último romance, "Te dedico mi silencio", foi publicado em 2023, marcando o fim de sua carreira literária. Ele também se despediu de sua coluna Piedra de Toque, que escreveu por décadas.

Com a sua morte, Vargas Llosa é lembrado como o último representante de uma geração influente na literatura e política da América Latina.

Cinco obras imprescindíveis:

  • A cidade e os cães (1963)
  • Conversa no Catedral (1969)
  • Tia Julia e o escrevinhador (1977)
  • A guerra do fim do mundo (1981)
  • A festa do bode (2000)
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