Mortes de palestinos em Gaza sobem 65% após cessar-fogo entre Israel e Irã
A escalada da violência na Faixa de Gaza resulta em um aumento dramático de mortes entre os palestinos. O relatório da Ocha revela que a guerra entre Israel e o Hamas atingiu níveis sem precedentes desde o fim do cessar-fogo.
Aumento nas mortes na Faixa de Gaza durante o conflito Israel-Hamas
O número de palestinos mortos na Faixa de Gaza cresceu 65% entre 25 de junho e 2 de julho de 2025, saltando de 519 para 856 vítimas.
Os dados, do Ocha (Escritório das Nações Unidas), se baseiam em informações do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. A verificação independente desses números não é possível.
A média semanal de mortes desde o fim do cessar-fogo, entre janeiro e março, é de 562. O recente total ficou 52% acima dessa média. O aumento coincide com o anúncio das FDI (Forças de Defesa de Israel) sobre o retorno da guerra em Gaza como prioridade após armistício com o Irã.
Desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, mais de 58.212 mortes foram registradas, sendo 57.012 palestinos (dados até 2 de julho de 2025).
O levantamento do Poder360 analisou relatórios da OCHA desde o fim do armistício em 18 de março. As mortes são atribuídas a circunstâncias de guerra, sem detalhamento específico.
A área sob controle militar israelense aumentou de 65% para 85% do território da Faixa de Gaza, totalizando 310,25 km² de 365 km². As zonas militares, definidas pelas FDI, têm acesso restrito a civis e ONGs.
Organizações como a ONU e a HRW criticam o uso dessas zonas, alegando violação do direito internacional e punição coletiva. As principais denúncias incluem deslocamento forçado e bloqueios a ajuda humanitária.
Em 23 de maio de 2025, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre risco de fome generalizada em Gaza devido à escassez de alimentos e à falta de acesso humanitário.
O conflito entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro de 2023 com um ataque do Hamas a civis israelenses. Tel Aviv, em resposta, lançou uma ofensiva militar em larga escala na Faixa de Gaza, visando eliminar a presença do Hamas.
O Hamas, considerado terrorista por Israel e outros países, governa Gaza desde 2007. A guerra gerou dezenas de milhares de mortes e deslocamentos forçados, com denúncias de violações sistemáticas de direitos por parte de Israel.