Mortes em Gaza continuam às dezenas enquanto atenção se volta ao Irã
Conflito em Gaza continua a causar devastação enquanto a atenção global se concentra nas tensões entre Israel e Irã. Mortes e escassez de alimentos aumentam a crise humanitária em meio a críticas ao novo sistema de ajuda implementado por Israel e EUA.
Conflito em Gaza: ataques israelenses seguem enquanto atenção global se volta para o Irã
Nesta quarta-feira (18), mais de 140 palestinos morreram em bombardeios de Israel em Gaza, segundo autoridades locais.
A Defesa Civil reportou que 14 vítimas foram atingidas por disparos de soldados israelenses, enquanto tentavam garantir comida, um cenário recorrente desde a criação de uma entidade de ajuda apoiada por Israel e EUA.
Desde o final de maio, 397 palestinos morreram e mais de 3.000 ficaram feridos em busca de mantimentos, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde de Gaza.
Israel havia bloqueado totalmente a entrada de ajuda humanitária por quase três meses, resultando em condições catastróficas no território, segundo relatos de organizações locais.
Outros 21 palestinos morreram em ataques aéreos em diversas áreas de Gaza, incluindo acampamentos de refugiados e bairros residenciais.
Israel afirmou que investiga os incidentes e que os ataques têm como objetivo "desmantelar as capacidades militares do Hamas".
Moradores expressam preocupação com a indiferença ao sofrimento em Gaza, destacando que quem não morre pelas bombas enfrenta a fome, com a escassez de alimentos se agravando.
A guerra já resultou em quase 55 mil mortes, deslocando a maioria da população e gerando uma crise alimentar severa, levando a acusações de genocídio.
A ajuda humanitária agora é canalizada por uma nova entidade com apenas quatro pontos de distribuição, em contraste com cerca de 400 anteriormente, o que é considerado inadequado.
Autoridades israelenses afirmam que a distribuição será condicionada a verificar vínculos com o Hamas, violando princípios humanitários.