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Motta adota tom conciliatório, diz que não rompeu com governo, mas critica ataques nas redes: 'um pouco abaixo da cintura'

Motta busca diálogo e conciliação entre Executivo e Legislativo, rejeitando narrativas de conflito. O presidente da Câmara destaca que a derrubada do decreto do IOF não representa rompimento, mas sim uma discordância saudável.

Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), adotou tom conciliatório na disputa entre Executivo e Legislativo sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Ele afirmou que não há cabo de guerra, nem vencedores ou vencidos, e que não existe rompimento com o governo. Criticou a campanha do "nós contra eles" e ataques nas redes sociais, considerando-os "um pouco abaixo da cintura".

As declarações foram feitas após a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) de suspender atos do governo e do Congresso sobre o IOF, convocando audiência de conciliação para 15 de julho.

Motta celebrou a decisão como uma “vitória do bom senso” e elogiou o presidente Lula, afirmando que a derrubada da medida não representa rompimento com a Fazenda e sinalizando disposição em ajudar a agenda econômica.

Em entrevista à CNN, ressaltou que a derrubada do decreto representa discordância quanto à proposta e destacou a capacidade de diálogo de Lula.

O presidente da Câmara ressaltou o respeito do Congresso pela equipe econômica e a intenção de contribuir. Contudo, classificou como mentirosa a narrativa que acusa o Congresso de se opor à taxação dos mais ricos, afirmando que os ataques da militância petista o fortaleceram.

Motta afirmou que o Congresso tem ajudado o governo, mencionando a aprovação de medidas no mesmo dia da derrubada do decreto. “Nós queremos fazer justiça tributária”, disse, buscando descolar a imagem de oposição à taxação dos mais ricos.

Ele ressaltou que o Brasil não necessita de guerra política e que todos devem contribuir. Motta planeja ouvir líderes partidários e o setor produtivo para buscar convergências e opções com o governo, afirmando que não há espaço para "gambiarras".

Por fim, ele expressou disposição para discutir mais impostos sobre os mais ricos e reafirmou compromissos com a justiça tributária, além de citar a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil.

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