Motta avisa a líderes que haverá sessão e diz que bolsonaristas podem ser suspensos se houver ocupação
Reunião na Câmara resultou em impasse após tentativas de diálogo entre oposição e presidência. A obstrução dos bolsonaristas visa forçar a votação de propostas controversas, incluindo a anistia e mudanças no foro privilegiado.
Reunião entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a oposição termina sem acordo. A ocupação do plenário por deputados bolsonaristas continua, visando pressionar pela votação do projeto de lei da anistia e outras propostas de interesse.
A sessão da Câmara está agendada para quarta-feira (6), presidida por Hugo Motta. Os deputados que persistirem na ocupação da cadeira da Presidência poderão ser suspensos.
O líder do PDT, Mário Heringer, confirmou que a sessão acontecerá às 20h e todos os líderes devem comparecer. Segundo o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), não houve acordo com a oposição e Hugo Motta enfatizou a necessidade de retomar os trabalhos.
A insatisfação com o Supremo Tribunal Federal (STF) foi evidente, com críticas sobre os métodos de obstrução do Partido Liberal. A oposição deseja que o presidente discuta outras propostas, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera as regras do foro privilegiado.
Esses movimentos são uma reação à decisão do ministro Alexandre de Moraes de determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP).
De acordo com Paulinho da Força, se a avaliação for a de que a sessão não puder ser realizada no Plenário principal, os que estiverem ocupando a Presidência poderão enfrentar suspensões no Conselho de Ética.
Os atos da oposição começaram na terça-feira (5) e se estenderam pela madrugada até quarta-feira (6). A obstrução é permitida pelo regimento do Congresso, mas não inclui a ocupação de espaços como mesas ou auditórios.