Motta e líderes decidem não colocar urgência da anistia na pauta
Líderes da Câmara optam por deixar anistia de condenados do 8 de Janeiro fora da pauta de votação. A decisão reflete a prioridade a temas considerados mais relevantes, como a isenção do Imposto de Renda.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, e líderes partidários decidiram que o requerimento de urgência ao projeto de anistia aos condenados do 8 de Janeiro não será votado na semana de 28 de abril a 2 de maio de 2025.
A decisão foi tomada durante reunião de líderes na manhã de 24 de abril de 2025. Apenas PL e Novo defenderam a votação do requerimento.
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, protocolou o requerimento no dia 14 de abril com 262 assinaturas, antecipando a ação para não perder apoio do governo.
No dia seguinte, Motta afirmou que “democracia é discutir com o Colégio de Líderes as pautas que devem avançar”. Em 23 de abril, declarou que nenhum projeto, incluindo a anistia, dificultaria a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 mensais.
O líder do PT, Lindbergh Farias, comemorou a decisão, ressaltando que a anistia não deve ser a pauta central do parlamento, que deve focar em temas como isenção do IR e PEC da segurança.
O requerimento de urgência teve 146 assinaturas de deputados de partidos com ministérios no governo Lula. Na noite de 23 de abril, Motta e os líderes se reuniram com Lula, onde a anistia foi minimizada como pauta.