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Motta envia recados sobre crise do IOF, enquanto governo mantém tom de confronto

Governabilidade em risco após derrubada de decreto de aumento do IOF. O presidente da Câmara, Hugo Motta, critica a judicialização do caso e ressalta a importância do diálogo entre Executivo e Legislativo.

Governo Lula enfrenta crise após derrota no Congresso

Após a derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo Luiz Inácio Lula da Silva optou por uma retórica de confronto. O presidente da Câmara, Hugo Motta, alertou que não aceitará a judicialização do caso.

Motta afirmou não ter traído o Palácio do Planalto e enfatizou que havia previamente avisado sobre as dificuldades de aprovação do IOF. A votação na Câmara foi expressiva, com 383 votos favoráveis e 98 contrários. O Senado fez uma votação simbólica.

A derrubada do decreto agravou a crise fiscal e deteriorou a relação entre Executivo e Legislativo. Motta destacou que judicializar o IOF aumentaria os conflitos, sugerindo que o governo deveria governar em parceria com o Congresso.

O governo previa arrecadar R$ 10 bilhões em 2024 com a medida do IOF, importante para evitar um congelamento fiscal maior. Já o PSOL iniciou uma ação que será relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Em evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso com a "justiça social" e criticou quem se opõe ao fechamento de brechas fiscais. Lula também reiterou a importância da tributação justa, propondo isenções para quem recebe até R$ 5 mil.

Enquanto a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, busca diálogo com o Centrão, Motta pediu um foco na colaboração e não na oposição, ressaltando que a polarização é um desafio. No entanto, o governo ainda mantém uma narrativa de "nós contra eles" nas redes sociais.

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