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Motta envia recados sobre crise do IOF, enquanto governo mantém tom de confronto

Governo Lula enfrenta crescente insatisfação no Congresso após derrubada do decreto do IOF. Presente em jantar com empresários, presidente da Câmara reforça necessidade de diálogo e aponta riscos de ingovernabilidade.

Após a maior derrota do governo Lula no Congresso, a estratégia de confronto persiste. O presidente da Câmara, Hugo Motta, advertiu que não aceitaria a judicialização do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Motta, em vídeo, afirmou que já havia alertado sobre as dificuldades de aprovação da matéria: “Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg... não é leal, é cúmplice.”

A derrota na votação do IOF agravou a crise fiscal e a relação entre o Executivo e o Parlamento. O governo espera arrecadar R$ 10 bilhões até o final do ano com o IOF, essencial para evitar um congelamento maior dos gastos.

O projeto que revogou o aumento do IOF teve 383 votos a favor na Câmara. Motta avisou que ações no Supremo Tribunal Federal (STF) podem intensificar o embate entre os poderes.

O governo, por sua vez, procura diálogo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou a importância de continuar a 'justiça social' e criticou a ideia de aumentos de impostos como tentativa de fechar brechas. Lula também destacou que a justiça começa pela tributação.

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, busca renovar o diálogo com o Congresso. Integrantes do Centrão sinalizam disposição para conversar, desde que o governo comprometa-se com ajustes fiscais.

Motta, em um jantar com empresários, reafirmou a necessidade de diálogo: “A Câmara tem uma responsabilidade muito grande, representando o povo brasileiro.”

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