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Motta nega traição em derrubada do IOF e critica governo por apostar em 'polarização social'

Hugo Motta refuta alegações de traição ao governo Lula e critica polarização social. Para ele, a derrubada do decreto do IOF reflete a dificuldade de aprovação de matérias no Parlamento e a necessidade de uma postura mais conciliadora do Executivo.

Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou traição ao governo Lula (PT) após a derrubada dos decretos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Motta criticou o discurso do governo sobre justiça tributária, classificando-o como "polarização social". Sua declaração foi feita em vídeo, em resposta a questionamentos sobre a decisão de votar o IOF.

A votação pegou o governo de surpresa, resultando em uma derrota para Lula, que afirmava que o decreto promovia justiça social. Motta destacou que avisou o governo sobre as dificuldades de aprovação da matéria.

Ele afirmou: "Capitão que vê barco ir em direção ao iceberg e não avisa não é leal", criticando a posição do governo em afirmar que foi traído.

Além disso, Motta condenou a postura governista de criticar o Congresso, alertando que a polarização política tem cansado a população. O presidente da Câmara mencionou outras medidas positivas aprovadas, como a MP de R$ 15 bilhões para habitação social.

Aliados do governo veem a situação do IOF como um sinal de endurecimento do discurso governista. A votação do projeto aconteceu sem avisar o Planalto, resultando em descontentamento de Lula.

A estratégia do governo é enfatizar a taxação de milionários para financiar serviços sociais, colocando opositores como defensores de privilégios.

Após a derrubada do decreto, Lula determinou à AGU que elabore recursos ao STF para reverter a decisão. Contudo, há preocupação entre alianças sobre não agravar a relação com o Congresso.

Ministros alertaram sobre riscos à tramitação de projetos e ao orçamento, defendendo que o governo evite um novo confronto entre o Congresso e o Supremo.

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